Após três meses consecutivos reinando no posto mais alto do ranking de investimentos mais buscados, os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) foram catapultados para a sexta colocação e deixaram a medalha de ouro para as ações em novembro, aponta levantamento da plataforma de busca de investimentos Yubb.
O desempenho do principal índice da B3, a bolsa brasileira, ajuda a entender os motivos para as ações terem chamado tanta atenção do investidor. O Ibovespa acumulou ganhos de 15,98% em novembro, na maior alta desde março de 2016, e fechando o mês aos 108.893 pontos.
O otimismo com ações no mês passado foi impulsionado pelo fluxo mensal recorde de estrangeiros na bolsa brasileira, com apetite alimentado pela menor sensação de risco trazida por vacinas contra covid-19 e definição das eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Leia também: Economia do Brasil tem crescimento recorde de 7,7% no 3º trimestre
Nessa esteira, os fundos de ações subiram da terceira colocação em outubro para a segunda posição em novembro.
Investimentos mais buscados de novembro
Posição | Tipo de investimento |
1 | Ações |
2 | Fundos de ações |
3 | Fundos multimercado |
4 | Tesouro Direto |
5 | Fundos de índice (ETFs) |
6 | CDBs |
7 | LCI/LCA |
8 | Fundos imobiliários (FIIs) |
9 | BDRs |
10 | LC/RDB |
Fonte: Yubb. Foram consideradas as buscas por investimentos entre 1 e 30 de novembro de 2020
Os fundos multimercados saíram da segunda para a terceira posição e as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito Agronegócio) tombaram do quarto para o sétimo lugar em novembro.
O Tesouro Direto subiu da nona posição em outubro para o quarto lugar com a melhora no desempenho dos títulos atrelados à inflação, o Tesouro IPCA+, que conseguiu sair da zona vermelha dos últimos meses e reduzir as perdas no ano. O Tesouro Selic continuou perto de zero e perdendo até da poupança.
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts, nome dado aos recibos de ações estrangeiras negociadas no Brasil), estrearam em setembro na oitava posição do ranking, subiram para o quinto lugar em outubro e desceram para a nona colocação no mês passado.
A negociação desses ativos por pequenos investidores foi liberada apenas em 22 de outubro, o que aumentou o interesse no investimento naquele mês. Antes, apenas pessoas com mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras podiam comprar BDRs na bolsa.
Na lanterninha ficaram os títulos de renda fixa Letra de Câmbio (LC) e Recibos de Depósito Bancário (RDB), que caíram da oitava posição em outubro para a décima.
Fonte: Valor Investe